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quarta-feira, 25 de março de 2015

De volta ao passado#21- POSSÍVEL DANO CEREBRAL - CARDIOPATIA EXTENSA

Parte 1          Parte 6          Parte 11          Parte 16
Parte 2          Parte 7          Parte 12          Parte 17
Parte 3          Parte 8          Parte 13          Parte 18
Parte 4          Parte 9          Parte 14          Parte 19
Parte 5          Parte 10        Parte 15          Parte 20
                                                                                        
   Esperamos, o dia quase todo, pelo medico, a enfermeira, ia e vinha, dizendo, que o Doutor P. vem, só que está retido num "cateterismo" ( um quê?), mas logo que acabe, vem falar connosco.
Vem uma medica a Dra. A, fala devagar e com cuidado, (é simpática), ela explica que a sua principal função é monitorizar a actividade cerebral da nossa Princesa.
Como já sei, pelo que tenho vista até agora, quando os valores estão a vermelho, nada de bom está para vir! Mas mesmo assim atrevo a pergunta:
- Doutora o que quer dizer este valor no monitor que está quase sempre a vermelho?
A Dra. A, explicou com muito cuidado, que nem sempre devemos interpretar os valores apresentados, porque nem sempre são reais. Explicou, que por norma, quando os valores estão abaixo do que é recomendado é assinalado a vermelho, mas no caso da nossa menina, é tudo muito incerto, muito relativo, porque Ela acha que ainda está na barriga da mãe.
Logo depois, foi buscar um aparelho que se assemelha a um ecógrafo portátil e fez uma eco, a minúscula cabeça da minha Pingente, mostrou-nos e explicou o que via-mos.
Olhar para o ecrã, era quase como olhar para um mapa astral, fundo azul, linhas a passar dum lado para o outro e imensos pontinhos luminosos, a luminosidade desse pontos assemelhava-se as estrelas, era como os via.
Os pontinhos luminosos, eram o "possível" problema, a Dra, avisou, que quando existe uma lesão cerebral, ela se manifesta por estes mesmos pontinhos que via-mos por todo a cabeçita Da Princesa, MAS, nada está certo, pois como ainda não completou a sua idade gestacional, este pontinhos, podem simplesmente dizer que tudo está a crescer e a desenvolver-se, só estariam certo do prognostico depois de completar as 41/42 semanas de gestação.
Por outro lado, havia sim, uma lesão, situada no corpo caloso, mostrou-nos na eco, existia duas bolhas, uma ao lado da outra, (acho que fiquei branca!!!), a pergunta sai disparada, sem qualquer aviso:
- e isso que dizer o quê exactamente??
A Dra. com paciência e muito compreensão, comunicou logo de seguida, que NÃO, NÃO é preocupante, onde a lesão se situa, não é motivo de preocupação.

Eu, no meu delírio mental, pensei logo que seria, quem sabe, uma amostra da sua força, um dom divino, qualquer coisa boa, só queria que fosse isso, para poder acalmar os nervos, para poder raciocinar, para poder acordar deste pesadelo....

Respirei fundo, perguntei  se ela saberia o que a Princesa tinha em concreto, o porquê do Dr. P, querer falar com agente pessoalmente.
Ela explicou o melhor que pode, a Princesa tem um problema grave no coração, que se assemelha com uma doença chamada, Tetralogia de Fallot.
Esta doenças, por si só, supõe que a criança tenha 4 mal-formações ao nível do coração, mas a nossa Pequenina, tinha mais do que as essas quatro. Ela pediu para não tirar-mos conclusões, sem falar com o Dr., pois ele seria a melhor pessoa para explicar tudo, disse, que conseguiríamos perceber com um simples desenho.

Os meus sentimentos eram controversos, enquanto por um lado queria saber tudo, queria perceber cada palavra técnica dita, cada procedimento, para estar preparada para o que der e vier, (acho que houve um momento em que os médicos, pensaram que eu era louca por querer saber, perceber), por outro, queria paz..., sossego.... 
O meu Homem, estava de pé ao meu lado, estático, não queria estar ali, queria sair, acho que a sua cabeça deu um nó, ele queria poder respirar e eu senti que ali no meio desta confusão ele não conseguia, mas tinha-mos de esperar, tínhamos de saber o que já era certo e concreto, tínhamos de esperar pelo Dr. P.

Chega o Sr. Dr. P. apresenta-se, explica que ele está a seguir o caso da nossa menina, pede-nos para segui-lo para uma sala mais privada, para falarmos mais a vontade, (não quero sala mais privada, quero ficar ao pé da minha menina), la fomos nós, pediu a outro colega para acompanha-lo.
O Dr. P., informou de todos os procedimentos feitos para tentarem entender o que se passava com a nossa Pequerrucha, por fim disse e explicou o veredicto final.
Ela é portadora duma cardiopatia grave, uma Tetralogia de Fallot extensa, mostrou, com um desenho, como estava o coração da nossa menina.


(desenho feito por minha autoria)

O desenho apresentado, era mais ou menos assim, ( peço desculpa Dr.P. se falhei nalgum pormenor, mas é assim que eu o recordo).
Do lado esquerdo do ecrã, está representado um coração normal, saudável.
Do lado direito, o coração da nossa Pingente.
Ele informou-nos, que existia uma abertura na parte inferior entre os ventrículos, (resultava a mistura do sangue), uma atresia da pulmonar, (é a válvula que não funciona e a artéria pulmonar está fechada), como também tem a Aorta mal posicionada, em vez de estar do lado direito, a Aorta está do lado esquerdo do coração e sobreposta a artéria pulmonar.
Foi assim que percebi a explicação da doença congénita da minha menina, sei que é mais complexo do que isto, mas é assim que vejo o que se passa dentro dela.

Fomos assomados com um turbilhão de perguntas, umas fizemos outras ficaram suspensas com medo de as ouvir em voz alta.
Pacientemente, o Dr. respondeu a tudo o que nos veio a cabeça e mais importante ainda, foi sincero, não houve ilusões sobre o seu estado de saúde, ouvir as suas palavras, eram facas que me atravessavam, mas tínhamos de saber, mesmo que não quiséssemos....

Continua*

segunda-feira, 23 de março de 2015

Migrar ou não migrar?

Não me consigo entender muito bem com os nosso amigos da google, pois eu quero mais flores e passarinhos a cantar, etc, etc... 
Eles, não arredem pé nos seus princípios ou é o que temos ou é o que temos!

Pois também não sou nenhuma nerd das tecnologia, por isso, até pode estar aqui num recanto qualquer, uma opção onde possa fazer ou desfazer o que vai na minha real gana, mas o problema é que não encontro!
Gosto de ter tudo a mão, de ter tudo descrito e ainda mais que tudo, ter alguém que me responde as minhas duvidas sem colocar novas na minha moleirinha 

Portanto, pergunto, há alguém, que tenha mais andanças disto do que eu, que me saiba dizer se estou bem onde estou ou se tenho de fazer malas e conhecer outro mundo na blogosfera????
Sugestões??

sexta-feira, 20 de março de 2015

Saturação matinal!!

Eu invejo!
Invejo mesmo, sem querer mal a ninguém claro!
Eu invejo, a sorte que não tenho, mas que Felizmente outros a abraçam.
As minhas manhã são saturantes, tanto que fico a deitar fogo, logo pela manhã.

Ela, acorda, aos gritos, assim sem quê nem porquê, Ele, acorda, a chorar com todas as lágrimas do mundo, porque acordou assustado, pelos gritos da irmã, EU, deduzo ficar louca em menos de 2 tempos.

Eis a minha bela rotina, levantar Ele e Ela, dar leitinho no sofá, com os miminhos dos peluches, Ela, mal bebe o leite, olha-me de relance, espreguiça, faz finta, não segura o biberon, chocalha o dito cujo, espelha o leito por todos os cantos e recantos, falo, explico, com voz doce, Ela, não houve, a minha voz começa a ficar menos doce e acaba por beber o bendito leite, sob tom menos indicado para começar uma manhã!
Tiro pijama, mudo fralda, visto, calço, sempre ouvindo a moça a resmungar, choramingar, olhar de lado, quando repreendo.

Ele, bebe leite, sai do sofá, corre pela sala, chamo, não quer ouvir, vou busca-lo, esperneia, reclama, choraminga, empertiga-se, chamo a atenção, repreendo, falo, grito.
Tiro pijama, mudo fralda, visto, calço, sempre ouvindo o moço resmungar, choramingar, olhar de lado, quando repreendo.

Eles, ponho casaco, dou peluche, não é este hoje é o Cão, não é o Lapinou, é o Bebé, procure chuchas, peço para procurarem, olhem para mim com os braços esticados e dizem " Não ta cá", encontro chuchas, levo um para o carro, põe na cadeira, põe cinto, dar peluche, dar manta, vou buscar o outra, põe na cadeira, põe cinto, dar peluche, dar manta.

Ir finalmente para a creche e trabalho!

Esqueci de comer, esqueci de por a maquina da roupa a levar, esqueci o telemóvel, esqueci.... Há não esqueci a cabeça, BOA!

Eu, invejo as manhãs simpáticas!!

EU. QUERO. IR. PÁ. ILHA!!!

terça-feira, 17 de março de 2015

Queria saber das letras...

Queria poder saber das letras, 
poder vira-las e revira-las,
a minha maneira, ao meu tom, 
mas, com sabedoria.

Poder estica-las ou encolhe-las, 
de trás para frente e de frente para trás,
quase que palpáveis, dos seus dizeres,
viajar nelas, ver o mundo com elas.

As letras são travessas,
moldo-as, mas elas, rebeldes,
escapam de mim,
sem um adeus, sem um aceno.

Outras letras,
noutros idiomas, 
vem ao meu auxilio, 
mas, tudo fica cada vez mais turvo, mais fosco.

Muitos letras, 
todas juntas, 
de nacionalidades diferentes,
toldam o meu pensamento.

Mas nenhuma, 
se deixa moldar, arquitectar,
para o meu ser, a minha mente,
saber o que dizer!



segunda-feira, 16 de março de 2015

Pedir ou não Pedir senhas as finanças para a Pequenada - Eis a questão!

Pois bem, anda por ai a circular uma noticia, tanto ou quanto, muito pouca esclarecedora!
Ao que parece teríamos ou não  (pais), de pedir senhas as finanças da pequenada, para efeito de entregue de irs.
Este assunto andava aqui a rebolar na minha caixinha das preocupações, 
pois perguntava a uns, diziam: SIM-SIM, É OBRIGATÓRIO!
Perguntava a outros: NÃO-NÃO, NÃO TENS DE PEDIR, ORA ESSA!

Como sou pessoa que não gasta nada de ter duvidas, principalmente quando se trata de assuntos com as Autoridades Tributárias, resolvi agarrar em mim e fazer-me a vida, para obter resposta clara sobre este tão abalado assunto, que deve azucrinar mais pais preocupados.

Eis a resposta clara e sucinta,
NÃO É, DE TODO PRECISO SENHAS da pequenada para efeito de ENTREGUE DE IRS.
As senhas da pequenadas, SÓ É OBRIGATÓRIA, para quem quiserem verificar no portal do e-facturas, se as facturas pedidas em NOME DELES, estão ou não, entregues. 
Informaram me também que à partir deste ano corrente, para o IRS do próximo ano, É OBRIGATÓRIO estar o NIF da pequenada e adultos, nas facturas que forem apresentadas para dedução no IRS 2015.

É certo, que não obtive assim esta informação, logo a primeira, não. 
A senhora que me atendeu, quando lhe expus a minha duvida, afirmou logo que, SIM-SIM TEM DE PEDIR! 
La apresentei mais um pouco das minhas duvidas, que originaram duvidas também a própria, que sem querer me despachar, foi a fonte de conhecimento desta questão, ao próprio chefe da secção em causa, o senhor amavelmente, explicou o que acabei de vos relatar.

Portanto, não é obrigatório pedir as senhas, só se quiserem verificar se os comerciantes fizeram o seu trabalho, que é comunicar as vendas efectuadas a A.T. e se não o fizer, nós próprios podemos rectificar essa situação.

E não são de todo necessárias para efeito de entregue de IRS!

Duvidas?


terça-feira, 10 de março de 2015

A Segurança Social e a Madeira

Escrevi um mail para a Seg.Social, pois a sua linha de apoio não funciona há bem mais dum mês!
Pesquisei no site, um endereço de mail, para poder enviar a reclamação, o único que encontrei pertence a Madeira.

Enviei na mesma (seja o que Deus quiser) e não é o que os senhores da SS Madeira, são muito mais simpáticos do que os nossos aqui do CONTINENTE.
Responderam-me prontamente e informaram-me que o mail estava errado, mas fizeram o favor de o enviar a quem devido! 
E ainda se prontificam em ajudarem-me no assunto que quero tratar com a SS.

Acho que me vou mudar pa Madeira!!!

segunda-feira, 9 de março de 2015

E as Traquinices continuam...

Depois do meu primeiro post sobre a primeira traquinice do Pimpolho la de casa, vem a Princesa demonstrar seus dotes no nível: Asneiredo!

Pois bem, a história assemelha-se, mas no inverso, desta vez vou levar primeiro o Pimpolho ao carro, (já estava-mos atrasados, como sempre, RAIOS, mas prontos para ir para a creche).
A princesa, sempre, mas mesmo sempre, fica a espera que volte, sentada ao pé da porta, mas desta vez não.
Desta vez, mal chego acima e ouço os passitos delas a andar/correr, para dentro, para os quartos, chamo por ela:
- E? E?

Nada! Vejo em todos os quartos e nada vejo, calada que nem um rato a roubar queijo.

- E? Vou embora, ficas aí? (eu a pensar que ela iria mexer o rabo)
Não mexeu o rabo, mas fez barulho, vou de encontro ao barulho e.....

E... a Princesa estava escondia, sim sim, escondida, sentada em cima da base de duche, que por sua vez estava molhada!!!
Quando ela me vez, desata a rir que nem uma tonta!

(Eu, bem eu, conto até 10 e de traz pa frente!)

quarta-feira, 4 de março de 2015

"A nova geração de pais que mimam"

Li esta noticia  "A nova geração de pais que mimam", apesar de não concordar com um ponto ou outro, a noticia é um retrato de quase quê? 70% da população?!
Digo isto, porque eu próprio, vi e vejo, com estes olhos que, um dia, a terra há-de comer, comportamentos semelhantes aos que estão descritos.
Crianças que fazem birra porque querem determinada coisa e os pais para, dizem eles, não passarem vergonha, dão como uma facilidade assustadora.
Professores maltratados pelos alunos e o mais incrível pelos próprios pais desses alunos. ( No meu tampo, já era proibido palmadas nas escola e isso sim concordo plenamente, mas se houvesse um recado do professor na caderneta, isso, era sinonimo de grandes sarilhos para mim!)
Crianças que mandam nos pais, sim sim, eu já vi isto também, meias-lecas, que mal enchem as calças, mandando os pais irem embora dum determinado sitio porque estava aborrecido e queria ir para casa para ir jogar PSP ou raio que o parta! E os pais dizerem, "aí desculpe, mas tenho mesmo que ir embora se não ele fica insuportável!"
Outros que deixam as suas rotinas, uma vez uma amiga disse para o marido, que tinham de ir embora porque agora quem manda é a filha (a menina estava a chorar), fiquei chocada!

Outra noticia vem reforçar, que com a educação francesa, a percentagem de crianças hiperactivas é inferior a 0.5% e quando as há, os psiquiatras abordam a questão tentando limitar ou até anular a toma de remédios e sim ir ao centro do problema, o contexto social, depois tratar o problema em si, com terapia familiar.
A minha educação é lá dos franciús e verdade seja dita, eles não tão cá para fazer as vontades de quem pedincha, mesmo se os pedichentes são seus filhos, assim era pelo menos há 15 anos atrás e acho eu continue a ser.

Sou apologista, que tudo tem um tempo certo e eles têem de moldar a nós e não ao contrario, nunca deixei de ir onde quer que fosse por causa deles, posso sim ter mais cuidado num ou no outro aspecto, por exemplo, mais/menos agasalhados, se existe sitio para eles poderem dormir, se não houver, arranjar alternativa, levar sempre comigo o que lhe posso ou não fazer falta e a verdade é que ao longo destes 18 meses, não me lembro de me ter privado de algo por causa dos meus filhos, mesmo tendo comigo a minha Pequerrucha que precisa que tenhamos sempre um olho nela. 
(Minto, privo-me sim, mas não por causa deles, mas por causa do nosso querido governo que nos tira o pouco que temos).

Sou mãe sim, não vou dizer que desta agua não beberei, não, porque todos nós erramos, porque somos humanos e errar também faz parte da nossa aprendizagem, tenhamos 10/25/40 ou 70 anos.
Não digo que os meus filhos, não vão brincar com um Telemóvel ou Tablet, pois se já hoje com pouco mais de 18 meses, aqueles traquinas olham para estas tecnologia como se da sua xuxa se trata-se.
Porquê? Não porque incentivo a isso, mas porque no nosso dia a dia, todos nós utilizamos estas ferramentas e eles como bons filhos que são, querem imitar os seus progenitores.
Mas posso afirmar que la em casa eles não ficam a frente da televisão para comer ou para se entreter a não fazer nada, garanto-vos que não, ( não é que as vezes não me dava jeito!! sua humana). Desde que chegaram à casa, que incentivo sim para a criatividade, sempre falei com eles como se eles me percebessem e hoje apesar de terem apenas 18 meses, já dizem imensas palavras, arrumam os seus brinquedos quando lhes é pedido, sabem onde têem de estar quando digo lhe digo que é hora do banho e muitas outras coisas.

Agora, perguntam vocês e a tua casa está sempre limpa e arrumada? Tives-te que reorganizar as divisões por causa deles? Andas sempre atrás deles?
NÃO, a minha resposta é simples, a minha casa nunca esta arrumada, a limpeza é superficial. 
NÃO, não reorganizei as divisões, MAS, fecho a porta daquelas que sei que podem ser potencialmente perigosas se não houver a supervisão dum adulto.
NÃO, não adam atrás deles, como conseguiria fazer nem que fosse o jantar, se assim fosse!
Eles só na têem acesso as casas de banhos, ao escritório e ao meu quarto, de resto está tudo aberta, para eles poderem usufruir para brincar, enquanto tento fazer mais qualquer coisa.
Se grito? Muito, eu reage segundo o barulho que eles fazem, se for um ruído suspeito, la estou eu : MAS QUE RAIO VOCÊS ESTÃO A FAZER??
Se a minha casa continua a mesma de antes de eles nascerem, NÃO DE TODO, faltam-me alguns bibelot que partiram, revistas rasgadas.
Mas tenho algo que todos deveríamos ter, uma casa FELIZ, com berros pelo meio e cabelos em pé, mas Feliz!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Traquinices dos Pequerruchos!

Eis uma nova Rubrica que acaba de nascer!

Isto porque a mini-gente la de casa, crescem, (depressa de mais até), e a medida que vão adquirindo novas aptidões, vem também, o pôr a prova a sensibilidade e coerência psicológicas dos pais!

A primeira traquinice do Príncipe la de casa.

Sábado - Uma peça essencial do meu carro está praticamente partida, preciso urgentemente de substituir a dita cuja, mas não tenho ninguém a quem deixar os Pimpolhos para poder efectuar a troca, não tenho outro remédio, senão eles virem comigo.
O carro está na cave, é só descer as escadas, mas como estou sozinha, levo um de cada vez para o carro, a Princesa é a primeira, meio minuto depois, já estou cá em cima a chamar pelo Príncipe, chamo e chamo e não ouço qualquer barulho, penso, mas que raio... onde é que ele se meteu!!
E la tou eu:
- Príncipe É., É.??

Nada! olho por todo o lado e não o vejo, não o ouço, em 2 mn, já tou com o coração na boca, a pensar em tudo e mais alguma coisa, lembro-me que o Homem está a tratar do jardim, (será que ele entrou cá em casa?!)
- Amor visto o É? Vieste cá dentro?
- Não?! 
-Não sei do É! (já com lágrimas nos olhos), foi por a E no carro quando voltei, eu chamo por ele e nada!!

Chamamos os dois mais uma vez, de repente ouço um barulho, mínimo, vinha do meu quarto, mas tinha la estado e não o vi, Raios, quase que a correr, olho com olhos de ver e la tava o Pequerrucho atrás dos cortinados, sem emitir um piu, a espera que o encontra-se.

Bem, em 5 mn o meu filho pregou-me um valente susto! Eu tinha a certeza que tinha tudo fechado, que ele não podia ter saído de casa nem nada, mas a minha sanidade mental, já estava a perguntar-se se era mesmo assim, se tinha mesmo a certeza.

E pronto, venham mais TRAQUINICES!! (Mas pode ser sem sustos, senão o meu coração não aguenta, ta?)  :) <3

De volta ao passado#20 A minha menina!

Parte 1          Parte 6          Parte 11          Parte 16
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Parte 3          Parte 8          Parte 13          Parte 18
Parte 4          Parte 9          Parte 14          Parte 19
Parte 5          Parte 10        Parte 15  


Assim foi, enchi-me de coragem, dei um até já ao meu menino e la fomos nós.
Eu estava mais do que nervosa por poder estar com  minha menina. Poucas horas, estive verdadeiramente com ela, queria beija-la, queria cheira-la, queria ver todos os seus pormenores, tal e qual fiz eu com o seu irmão.
Mas a minha barriga andava as voltas, um frio no baixo ventre, com medo do resultado do exame. A enfermeira já tinha dito ao meu Homem, que o próprio médico queria falar com agente para nos dar os resultados. Nada disso era positivo, o medo instalou-se no meu corpo, estava tensa, mal conseguia respirar, a ansiedade era muito forte.

Chegamos, sem saber o caminho, quase que corria pelos corredores atrás do meu marido, para poder chegar até ela, o mais depressa possível, vestir bata, desinfectar mãos, entro, a ala é enorme, mas logo a minha frente reconheço o sala da minha menina, ( o meu Homem já me tinha explicado que ela encontrava-se num quarto só para ela, com uma vidraça enorme que estava mesmo em frente a sala dos enfermeiros), os enfermeiros, olhem, tenho noção disso, mas eu não quero saber, eu quero a minha menina... a minha filha.... Entro, ela dorme de barriga para baixo, mal se vê, há tubos, fios, compressas, por toda ela, deduzo que devia ter a bilirrubina alta, tem uma luz branca, forte por cima dela, tinha os olhos vendados, (as enfermeiras, fizeram uns óculos de compressas, para a luz não a ferir), olho, vejo, sinto-me tonta, nunca tinha visto, tanta maquina, tantos medidores de qualquer coisa, em volta duma bebé com pouco mais dum quilo de peso.

Uma enfermeira, entra, apresenta-se, começa a falar, vira-se para mim, eu não a ouço..., tento perceber para que servem as maquinas, olho para ela, as lágrimas sobem aos olhos, nada faz sentido, o mesmo alarme, continua presente, a maldita saturação que não estagna....

A enfermeira, entende o que quero, prenda-me com o olhar, pergunto o que é que ela tem, para quê tanta coisa ligada a ela e com paciência, ela explica.
Disse ela:
- Temos aqui um monitor, que mede a frequência cardíaca, a saturação e a frequência respiratório, (este eu conheço), 
temos esta maquina, que serve para aspirar a expectoração  ou o excesso de saliva,
 por aqui vai o oxigénio, ( um tubo, que tinha 2 saídas, para cada narina, colado com adesivo para não sair do sitio), 
tem o "esparguete" para receber o leito, (outro tubo enfiado pela boca e também mais ou menos colado), 
estas cassetes, serve para ela receber toda a medicação que lhe é necessária ( eram 8 cassetes, 7 delas estavam a funcionar, das 7 saí mais um tubo em direcção a ela),
 temos aqui um monitor que mede a actividade cerebral, (tinha uma compressa em volta da cabeça, que segurava o sensor),
e aqui está esta luz, porque tem os valores da bilirrubina alta, é quando a pele dos bebés fica mais amarelada, não é nada de mais.

- Mas, porquê que ela não está numa incubadora? (eu)

-Esta cama é mais cómoda para ela, é aquecida, tem um sensor incorporado para saber qual a temperatura dela, ( mais um fio que está ligado a ela), e a temperatura da cama ajusta-se a sua necessidade, também faz de balança, assim não temos de mexer muito nela.

- Porquê que não podemos mexer muito nela?

-Porque a medicação que lhe estamos a dar, pode causar dores nas suas articulações e podemos magoa-la só de a agarrar.

- A minha filha sente dor, se agente mexer nela???? (estava a ficar tonta, não conseguia suportar a ideia de ela estar a sofrer)

- Não temos a certeza, pois ela não consegue prenunciar-se, mas é um dos efeitos secundários, sim.

No meio de tanta informação, que mal conseguia digerir, pois mal percebia o que aquilo tudo queria dizer, a enfermeira, contou, algo que deu luz ao meu coração, disse, que ela tem personalidade, pois quando chega a hora de comer, chora que nem uma louca, mesmo ela estando numa sala só para ela, ouvia-se em toda a ala do UCI, só se calava depois de sentir o leito no estômago, um verdadeiro relógio!
Eu sei que parece pouco, mas para mim, foi uma grande alegria, perceber, que ela conseguia ter forças para poder exprimir que algo estava em falta, só podia ser um sinal.

A enfermeiro, informa que logo que o Doutor chegar, avisa-nos.
Nesse entretanto, percebia o quanto ela é pequena, os osso eram nítidos, a pele só os cobriam, as mãos pereciam-me estranhas,  porque não havia chicha para encher aqueles dedos compridos, tinha pelinho nas costa e na parte de trás das orelhas. As meias ficavam enormes, consoante aos pés que não as enchia.
A fralda é uma miniatura e mesmo assim chega-lhe ao umbigo e tem de ser dobrada.
Tinha cola, no canto da boca, que se tinha acumulado, por causa da fita adesiva, que segurava a "esparguete", peguei uma compressa embebida em agua e com muito jeitinho limpei-a o melhor que pude.
Fiquei o tempo todo a olha para ela, para decorar cada pormenor dela e cantei, não sei se para ela, se para ME reconfortar, por não poder-lhe pegar ao colo.


Mas eu sei, que ela sabe que estou aqui, abeira dela!