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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

De volta ao passado#19 Amor de pais...

Parte 1          Parte 6          Parte 11          Parte 16
Parte 2          Parte 7          Parte 12          Parte 17
Parte 3          Parte 8          Parte 13          Parte 18
Parte 4          Parte 9          Parte 14         
Parte 5          Parte 10        Parte 15  

Acordei com os seios rijos e quentes..., não me apercebo que o meu corpo já assimilou que preciso dar de comer aos meus filhos.
Chamo a enfermeira, explico, ela ri-se e diz o óbvio, o leite subiu, explicou-me que tinham uma sala com bomba de extracção e o funcionamento do aparelho, como também tinha de etiquetar o leite extraído para depois ser dado ao Príncipe.
Ainda estava abanada de sono, mas com algum raciocínio, perguntei como fazia para também poder dar leite a minha Pequerrucha que estava em Coimbra, explicou que era possível, bastava comprar saco para conservação do leite materno, etiquetar e o meu marido levar para ela.
A primeira extracção até correu bem, senti um pouco de dor mas nada comparada a dor que sentia na alma, por não estar perto da minha menina, por isso, de forma automática (com ajuda do alarme do telemóvel, obrigada tecnologias!!), de 3 em 3 horas la ia eu para a salinha extrair o néctar dos deuses, uma mama para um, outra para outro.

Nos 4 dias que se seguiram, e quase sempre junto do meu menino, vi ele ser pesado, duma forma inesperada, pendurado num lenço (não devia ser maior que isso), ele adorava estar la dentro, aninhava-se ao lenço e voltava ao seu sono de beleza, assisti ao seu primeiro banho, chamado Banho-a-gato, com compressas embebidas em agua morna, a limpeza da sua "casa", ao mau feitio a cada muda de fralda.
Vi tudo pela primeira vez, como uma aluna atentissíma, para poder fazer tudo de igual forma sem nunca errar.
Ele estava a ir muito bem, um verdadeiro pequeno comilão, se ele continuar tão esperto e começar a ter boa sucção, no seu tempo claro, quando chegar mais ou menos aos 2000kg poderá ter alta e vir para casa. Ficamos tão felizes, tinha-mos de ter paciência, é certo, mas tínhamos a certeza que de saúde ele estava bem e isso era uma felicidade inquantificável.

Nessa entretanto, no Pediátrico, a minha menina era "virada do avesso" para conseguirem perceber o que estava realmente a acontecer com ela, o meu Homem, vinha todos os dia ter com agente ao hospital, para dar um beijo aos dois e levar o meu leite para a nossa filha.
Os médicos achavam que ela tinham uma Sobreposição dos Grandes Vasos, mas ainda não era certo, explicaram-lhe que iriam fazer um exame com contraste, que consiste, em injectar na corrente sanguínea um liquido, que irá fazer o percurso todo até ao coração deixando rasto para eles seguirem e entenderem o que se passava com ela.

O meu Homem anda desgastado, ele não podia agarrar nela, primeiro tinham de saber qual o seu problema em concreto, uma coisa de cada vez, diziam eles.
Mostrou-me com fotos onde se encontrava a nossa menina, tinha uma sala só para ela, explicou que ela tinha uma batelada de fios ligados a ela, cada um parecia ligado ao um monitor que media qualquer coisa.
Mal se via, na sua cama, com fralda e compressas para segurar os benditos fios.
Essa mesma sala, tinha um vidro do tamanho da parede, para todos enfermeiros poderem ter visão perfeita dos valores apresentados nos monitores e para não haver possibilidade de lapso dos acontecimentos, estava  também ligada a um computador em rede por toda a ala, isto é, em qualquer sitio, da ala do UCI, os enfermeiros/médicos, tinham acesso aos seus principais valores.
.
Eu não o podia apoiar a 100%, como ele a mim, ser-mos pais, que devia ser um sentimento de felicidade único, estava a ter o enfeito contrario, tanto eu como ele, estava-mos perdidos, sem saber o que iríamos encontrar a saída desta caminhada.

Chega o dia da minha alta, dia em que também sai o resultado do exame feito a Princesa, o meu coração estava tão pequenino, a partir daquele dia, teria de dividir-me entre o hospital de Leiria e o Pediátrico de Coimbra, para conseguir segurar a mão de cada um dos meus filhos, esperando não falhar com nenhum dos dois.

Agradeci a todas as enfermeiras da ala de maternidade, ela foram incansáveis, amáveis e sobretudo pacientes.
Deram-me apoio quando não estava ninguém para o fazer, fizeram-me rir mesmo quando só as lágrimas iluminava o meu rosto.


A vós (enfermeiras da ala de maternidade de Leiria), o meu muito obrigada, foram a estrutura que não me deixou cair quando achava que tudo tinha desabado. 
OBRIGADO DO FUNDO DO NOSSO CORAÇÃO 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Quando foi a ultima vez que te sentiste criança?

Vi um video onde, o astrofísico Neil deGrasse Tyson explica “o sentido da vida” para uma criança de 6 anos.

Percebi, que muitas vezes ou quase sempre, nós adultos, esquecemos esse sentido, esquecemos ser criança, esquecemos de perguntar porquês, esquecemos a curiosidade.
Também revi muitos pais nas palavras dele, pois esquecemos que crianças, são isso mesmo, CRIANÇAS, que precisam brincar, sujar, explorar, bagunçar.
Queremos tanto sermos perfeitos, com uma família perfeita, um trabalho perfeito, filhos perfeitos, uma casa perfeitamente limpa, mas a perfeição não existe, ao meu ver.

Depois, ouvimos que as crianças de hoje, só sabem é estarem a frente da televisão ou p.c. ou jogos vídeos, de quem será a culpa?
Não será daquele que chamou atenção e repreendeu seu filho(a) quando estava a brincar porque estava a sujar-se OU quando explorava em casa todos brinquedos duma vez só e essa mesma casa, que a 10 mn atrás estava limpa e arrumada, está agora uma verdadeira bagunça?

Eu não sou nem melhor nem pior que outros pais, mas a minha casa NUNCA, MAS NUNCA, está um brinco, minto, ao fim de fazer a limpeza de cima abaixo, os 15mn seguintes está, após isso, volta a ter tudo desarrumado, com legos espalhados por todo o que é canto e a ter a tarefa árdua de passar por eles são pisar nenhum, pois, pisar um lego, é a pior dor que já experimentei!!!

Eu não sou perfeita, se forem a minha casa, vão ter que ter cuidado com os legos, mas tenho a felicidade de ver os meus pimpolhos a brincarem, a Periquita a tentar colocar os cintos da sua cadeira de mesa encaixados, (passa horas nisto), o meu Pequerrucho de volta das rodas dos carros, fazendo-as rodar, ou então, "correrem" um atrás do outros, ou até, a terem o prazer de agarrar na bendita caixa de legos e virar-lo de pernas para baixo e rirem-se a gargalhada.

Não me importo, eu quero que sejam crianças, claro que existe limites e regras, tudo tem o seu jeito e tempo.
Eles ainda não agarraram em testos e panelas para fazer de bateria, como explica Neil deGrasse Tyson, mas acredito piamente, que chegarão la, tenho certeza que vou ficar chateado no momento, mas depois de respirar umas quantas vezes, sou capaz de lhes fazer companhia.

Quanto a nós, adultos de hoje, deveríamos ser, também, as crianças de ontem, tudo com peso e medido e quem sabe, cada um de nós, não encontrará O SENTIDO DA SUA VIDA!


Aqui fica o video para quem quiser assistir, recomendo vivamente.













sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Amor volátil de verão

Era verão,
a escola já tinha acabado, seguem-se as ferias, tinha 17 anos, (eh la, já tive 17 anos!) como sempre eu e a minha prima C, arranjamos trabalho na praia, como de costume, no Pedrogão.
Sempre quis ter a minha dependência financeira, os meus pais ensinaram-me o quanto custa a vida e eu não queria pedir-lhe coisas fúteis duma rapariga adolescente.

Claro que este trabalho também nos trazia liberdade, tinha-mos as nossas responsabilidade e cumpria-mos, mas quando a ocasião se proporcionava, direcção FESTA!!!
Numa dessas festa, conhecemos um grupo de amigos, acho que eram 5, um deles encantou-se pela C, arrastava-lhe a asa.
Dançamos, bebemos, falamos, conversa aqui, conversa acolá, eles estavam a acampar no parque de campismo do Pedrogão, estariam cá 15 dias, nós por sua vez, contamos que estávamos a trabalhar num café junto a praia e a noite passou-se.
No dia seguinte, eles vieram tomar o pequeno almoço no café onde estávamos, um dos moços, o que estava apanhado pela C, (é que já não consigo recordar dos nomes, mas lembro-me de ele dizer que os pais tinham uma funerária -  é pá eu sei, é um pormenor macabro, mas é o que lembro), convidou-nos para mais uma saída e assim foi durante os 15 dias que eles tiveram la.

Aconteceu um grande sentimento de amizade para com aquele grupo, fomos a festas, a discotecas, a praia nos dias de folga, almoços, jantares e havia o João.
Ele era amável, parecia-me que era o mais ajuizado, mas divertido, rapaz doce, pouco mais velho do que eu, escolhia sempre muito bem as palavras e giro, é claro!

Houve uma certa química entre nós, falávamos imenso, nos dias de praia, as tolhas estavam sempre uma ao lado da outra, contou-me que tinha namorada, que tinham uma banda juntos, os seus projecto de vida, e eu os meus.
Além de nutrir um sentimento que parecia ser mais que amizade por ele, nunca disse nada, ele era comprometido, era o que bastava para não ir mais alem, é um princípios que tinha e tenho.
Num dia de praia, andava eu de volta das conchas, ( sim, eu adorava coleccionar conchas), ele encontrou uma, perfeita, que não tinha nenhuma ponta partida, bem enrugada e de tamanho médio, (simmm, eu era exigente com as minhas conchas, o que se há-de fazer), com uma ponta dum pedra, o raio o que era aquilo, já nas toalhas, tentava talhar qualquer coisa na concha, quando finalmente teve o efeito pretendido, deu-ma, com ternura disse-me:

- Para não te esqueceres de mim.

Olho e vejo que consegui-o gravar um J no interior da concha, fiquei surpreendida, não entendia o porquê, mas fiquei muito agradecida.
Os dias passaram, foram noites maravilhosas, vinha-mos quase sempre todos para "casa" a cantar. Musico predilecto da malta, João Pedro Pais! Até a C que não gostava das musicas dele, passou a cantar também connosco.

Chegou a ultima noite, jantamos juntos e fomos só um bar da esquina, eles tinham de acordar cedo no dia seguinte para arrumar a tralha toda e a tenda.
Lembro-me exactamente do sitio, do café em questão, da mini que bebi por uma palhinha, por causa duma aposta perdida, juntos saímos do café, mais conversa....
O João, pede-me para ir junto a praia com ele, queria despedir-se sem alaridos do pessoal, segui-o, já eu lhe estava dizer, para manter contacto por sms, (ainda não havia facebook naquela altura), e beija-me.....
NÃO, não foi um beijo de Hollywood, um simples beijo, mas cheio de emoções, olha-me, pede desculpa, agarra-me as mão e os seus olhos, dizem-me adeus.
Virou as costa, cabeça baixa, não esperou pelos amigos e foi embora.

Eu, bem..., eu, fiquei sem me mexer, percebi que também ele sentia o mesmo que eu, mas por força da vida, não havia nada que ele ou eu pudéssemos fazer, trocamos, na altura, mensagens na época natalícia, guardei-as no telemóvel durante muito tempo.
Nunca mais voltei a vê-lo, nem mantive contacto com ele,
tinha a vida dele eu a minha.

Hoje, revejo esta bela recordação da minha adolescência, quando tudo parecia ser possível, em que achamos que somos capazes de mover montanhas, foram dias felizes, que guardei num canto da minha memoria e que voltaram a superfície, por uma mera coincidência. 


E sim, ainda hoje, em casa dos meus pais, está a concha que ele me deu...















Coincidência?!

Ontem, navegava entre um ou outro blog que adoro ler, quando no meio duma historia que ainda vai no principio, abra-se uma gaveta na minha memoria, que há muito estava fechada, se não me falha, fechado há mais de 15 anos, arrecadada num canto, já esquecida.

O autor do HOMEM SEM BLOGUE, brinda-nos, uma vez mais com uma fabulosa e encantadora historia, "(des)encontros", assim se chama a sua mais recente criação.
A historia fala dum rapaz chamado João, que conheceu uma rapariga, que está de ferias em Portugal para um curto período de tempo, há uma química entre eles, MAS ela está noiva de outro.

Li o capitulo 1 e sem mais nem menos, fui puxada para o meu passado, parecia ter o ecrã  da minha vida a frente dos olhos, abri uma gaveta, uma recordação que, pensava eu, já tinha sido "esquecida".

O que tem haver comigo? 
Fácil,
aconteceu-me o mesmo, mas na minha historia, os papeis invertam-se, Ele era comprometido.

Coincidência ou não, ELE, tal como o protagonista de "(des)encontros", chamava-se João, 
foi o meu "amor volátil de verão", fiquei tão surpreendida ao ler o texto e rever-me ao mesmo tempo! Foram tempos únicos, foi uma historia bonita da minha vida, de um só capitulo, mas guardada com sentimento, por isso vou contar-vos a minha historia....


(Para que não haja duvidas, eu não conheço o autor do Homem sem blogue! E ainda dizem que as coincidência não existem!)


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Lembrança tão, mas TÃO BOA, que a Nostalgia se instalou no meu coração ( e tou tipo, com cara de parva, a relembrar estes momentos)

Como já referi, adoro ouvir musica, como também ADORO canta-las, com voz de cana rachada, mas com espírito, desde pequenina, que sou assim.

Quando uma musica cativava a minha atenção, ouvia e ouvia, vezes sem conta, até conseguir aprender a letra de cor, para depois não fazer figurinhas triste a canta-la, (ainda hoje, vou ver a letra e tento decora-la :| é verdade).

Os meus pais passaram as passas do algarve comigo, pois eu teimava em querer saber todas, tiveram muita paciência, nunca me lembro deles me mandarem calar,  nem no carro nas viagem até Portugal,  nem quando era adolescente/adulta, UíUi, era uma verdadeira grafonola!!!

Cresci... e ainda em França, en 3eme (corresponde ao 9ºAno), a escola desenvolveu um projecto, que consistia em conseguirmos um estagio, na aérea que achávamos ser o nosso futuro, durabilidade duma semana.

Tinha e tenho, ainda hoje, uma admiração por uma prima, fui criado com ela, ela é como uma irmã mais velha, naquele ano, ela já se tinha formado e trabalhava em contabilidade.
Ela era um exemplo a seguir e claro também queria ser contabilista, pois claro! Falei-lhe do estagio e consegui ir estagiar 1 semana inteira com ela.
Se soubessem a minha alegria, a felicidade que sentia em poder "trabalhar" com ela.
Essa semana passou a correr, aprendi imenso, trabalhei como uma verdadeira pequena adulta no alto dos meus 15 anos.

E vocês, perguntam-se, mas que raio tem haver com gostar de ouvir/cantar musica, com voz de cana rachada???

Tem tudo,
descobri nessa semana, que essa mesma prima, tinha o mesmo vicio que eu e quando o patrão saía, ela ligava o walkman, fones nos ouvidos e cantava, cantava alto e bom som, é pura verdade.
Lembro-me que o primeiro dia que a vi fazer aquilo pensei, passou-se, só pode!
Mas não, nesse dia estava no escritório da colega dela e quando viu a minha expressão de duvida escarrapachada, disse, com um largo sorriso, que era o normal dela.
Eu fiquei extasiada pelo seu a vontade, feliz, por não ser a única na família a ter uma voz de cana rachada e sobretudo ainda mais entusiasmada por aquela semana de estagio.

Hoje,
não sou contabilista, as adversidades da vida impediram seguir esse sonho, digamos que encalhei na roda da vida.
Tenho um trabalho, que me mata psicologicamente, uma carga de responsabilidade que, acreditem, não queria ter, MAS, no meio disto, também tenho a facilidade de poder por a musica mais alta e também, como a minha querida prima, posso dar asas as minhas cordas vocais.

A pouco,
alem de estar a sentir que estou a chocar uma gripe, pus a musica mais alta, cantei, e fiquei com cara de parva quando de repente, este episódio da minha vida que acabei de vos contar, passou pelos meus olhos em relance.

Pensei, a felicidade estava tão perto, quase  palpável.

E a nostalgia aqueceu o meu coração nesta tarde de chuva e frio.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Dia sim

(combinanço de almoço com as amigas)

Amigas:
- Vamos ao chinês?
Eu:
-Sim!!! O chinês não engorda :) quem engorda somos nós!!!
HAHAHAHA
Amigas:
- tas engraçadinha hoje! :)
- Comeu palhacinho? :)

( claro que a conversa foi ter ao quarto, mas porquê que teimam em levar a coisa para lá, quando alguém está bem disposta?!)


Ter amigos, TÃO BOM!!!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo - Massacre, Efroyable attentat!!!

Eu não consigo conceber, como existe gente, sim, gente humana, que assassina, que mata, que destrói um seio familiar, em prol duma suposto religião.

Eu vivi muitos anos em França, convivi como muitas e diferentes religiões e sempre tive a ideia, que todas elas tinham o mesmo ensino, NÃO MATAR!
Como é que alguém, chega ao pé de gente inocente, neste caso, humoristas, dum jornal livre, num país democrático e laico, que abriga quem veio ou vem a procura dum futuro melhor e atira para MATAR, em nome duma religião!!!

Estou de luto, a minha veio francesa, está indignada e chocada!
Onde estão os valores ensinados ao povo que vive em França?
Onde está a Liberté, Égalité et Fraternité?
3 simples palavras que fizeram tanta diferença na Revolução Francesa, que hoje parecem estar esquecidas.

À tous ceux, qui ont étaient touché directement ou indirectement, par cette acte de barbarie, qui soufrent..., qui luttent encore pour leurs vies..., courage! 
Toutes mes condoléance, aux familles qui on perdu un être chère.
Les mots ne sauront jamais suffisants, pour calmer votre douleurs, qui, aujourd'hui, est notre douleurs.
Je souhaite, que cette acte terroriste, soit puni au plus vite, que les coupables soient jugés et condamnés.

Aujourd'hui je suis, aussi, en deuil.


Charlie Hebdo, merci, pour toute les caricatures!



(Caricatura retirada do facebook Oficial de "Charlie hebdo")






terça-feira, 6 de janeiro de 2015

SSSonoooooo!!

É pá, mas porque raio tenho de me deitar sempre entre a 1h e as 2h da manhã!!!!
Ah ja sei, por que só por volta das 23h, é que os Pimpolhos adormecem, portanto só acaba a gritaria, a correria, a brincadeira por volta dessa hora.
O silencio impõe-se, queremos mimar-nos, queremos ver aquela novela/filme que já há tanto tempo ficou para trás, fica-se no sofá quando vamos a ver ja passa da 1h da manhã.

Depois....

Bem depois, temos o sono, o cansaço e os olhos que teimam em fechar...

Mas mesmo assim, ainda me pergunto, se sei que preciso de dormir, PORQUE É QUE TEIMO EM FICAR ACORDADA!!!! 


Já disse que estou com sono?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

ADEUS 2014!

2014 não deixa saudades,
foi um ano amável, na medida dos possíveis, mas não foi um ano inesquecível, (só se for pelas idas quase constantes ao hospital), 
espero que 2015 traga aquilo que ando a procura, 
paz, 
sossego, 
felicidade, 
saúde, muita saúde para os meus Pimpolhos
e ainda mais amor (sim pq quanto mais melhor!)

Portanto,


sê bem vindo 2015!!!

2014 acaba com o mais provável... Mais e Mais hospital!! IRRA

Eu bem que achava que desde agosto, com uma tosse ali, um nariz ranhoso acolá, que até a coisa estava a correr mesmo bem e que íamos entrar em 2015 sem preocupações, além daquilo que iria engordar nestes dias festivos, claro!

Pois bem, enganei-me redondamente, 2014 estava de olho na minha família e sabia como havia de por toda gente em alvoroço e assim o fez.
Duas semanas antes do natal, vem a tosse dia sim, dia não, o Príncipe, a babar-se de tal maneira que parecia a fonte luminosa cá de Leiria, não havia babete que aguenta-se quanto mais roupa, 2 molares, sim, 2 molares a furar a gengiva do Pequenito. Estes bem ditos molares, trouxeram a febre, a rabugice e noites muito, mas mesmo muito mal dormidas.

A Princesa parecia estar a aguentar-se bem, rebentou-lhe também um dentinho da frente, muita baba mas nada de mais.

Chega a semana do Natal, quando tudo parecia ficar mais calmo, recebo um telefonema da creche, o Pequerrucho está com 39.5C de febre e com muita tosse, será ainda dos dentes??
Vou busca-lo, fica com a minha mãe, no ninho, com miminhos e tudo para ver se se põe bom num instante, ben-hu-ron goela abaixo e a febre desce para o bem dos meus neurónios, que queriam entrar em faisca.

Claro que 2014 estava a testar os meus limites, mas como pessoa descontraída que sou, pus as culpas nos bem ditos molares e la vamos nós continuar a nossa vidinha do quotidiano.

Dia 24 de dezembro, os Pimpolhos cá de casa estavam murchos, o pequenote continuava a fazer febres, mas já eram espaçadas, de 12/12h, portanto tudo indicava que voltaria a normalidade mais um dia ou dois. A Princesa, brincava, mas deitava-se muitas vezes sozinha para adormecer, não e o estado normal dela, vejo a febre e nada....

Ok, já estou a over reacting, isto é passageiro, pode até ser cansaço e tal, amanhã será um dia melhor. 

Dia de natal, acordem bem dispostos, o pior já passou, vamos la abrires os presentes e alegrar esta casa!!!
A manhã correu bem, a tarde, mais ou menos, a noite, agarrei nos 2 e fomos ao hospital!
A Pimpolha com 39.5 C de febre, o Pimpolho já ia no seu 4 dia com febre, os dois muito apáticos, só querendo dormir.... Será possível, a serio!!!!!!? Os dois???!!!!
A médica ausculta, vê, pondera... A Pequenota tem boa saturação, boa auscultação, uma tosse pouco preocupante, O Pequerrucho, ja vai com 4 dias de febres, já espaçado, a tosse é uma "boa tosse", porque está a soltar a expectoração, também tem um quadro pouco preocupante. Volto para casa, com ben-hu-ron e brufen!

Pronto, já tive o susto de fim d'ano e tal vamos mas é festejar isto passa..... ou não!

No sábado, o meu amor de menino, estava muito pior, ja não queria comer, só estava bem deitado, onde quer que fosse, fui busca-lo para brincarmos no chão e ele deita-se bem no azulejo, a tosse não lhe dava sossego, a tardita, la fomos nós de volta ao hospital.
O meu menino estava com 88% de saturação, ia-me dando uma coisinha má, pois claro! A medica que o atendeu foi uma doçura, auscultou-o todinho, pediu para ir fazer RX e claro mascaras, diagnóstico: Bronquiolite, com inicio de pneumonia, (já tinha manchinhas no pulmão), internamento com ele, com antibiótico via intravenosa, que mais poderia acontecer!!!

No domingo, pergunto pela Periquita, tudo bem até ver, nada de febre e bem disposta, óptimo. 
A noite o meu Homem vem ter com agente ao hospital,

- Ah e tal, deverias ir ver a menina, deixei em casa da minha mãe, ela não ta bem!
-Como assim?
-Fez febre outra vez a tarde, mas agora ta apática e só dorme!

Ok..., la vou eu!!!!

Quem disse que não podia piorar, bem levei, outra vez a minha Pequenina para o hospital e...... e tem também uma bronquiolite!!!! Como não pode fazer tantas mascaras como deveria, por ter uma cardiopatia, ficou também ela internada!!!

O lado bom da coisa?? Fácil, as enfermeiras foram simpáticas e preparam um quarto onde estivesse os meu 2 Pequerruchos, onde eu e o meu Homem passamos os dias seguintes.
Ah e também consegui-mos ter alta no dia 30 de dezembro 2014.

Portanto 2014, obrigado por conseguires até ao ultimo momento quereres que os meu neurónios façam faisca, não deixas saudades, até nunca mais!!!!!