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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Desabafo! Com caralhadas pelo meio!!

Hoje venho aqui para dizer caralhadas e afins.
Eu sou daquelas pessoas, consideradas "quase de terceiro mundo", a nível televisivo/tecnológico, em território nacional.
Porquê? Perguntam vocês,
fácil, porque vivo na aldeia,
só vivo, nos arredores da cidade,
não sou da cidade,
em que isso afecta a minha existência?
Em muito meus amigos, muito mesmo!

Primeiro, não tenho direito a internet 3G ou 4G, quanto mais a fibra?!
Mas não pagas ou teus impostos, a electricidade e outras facturas, Nina??
Pago pois, como todos bons cidadãos.
Então reclama, pois existe livro de reclamações para esses efeito!
Pois, eu bem reclamo, faço cartas de amor, outras menos amorosas e com vontade de mostrar ou quanto estou fodida com a situação, também escreve mail, para supostos bem feitores, como a Deco, que respondem com mais perguntas do que resposta as minhas perguntas, resumindo que se não há infraestruturas, então paciência!

Meus amigos, vivo na aldeia, portanto sou obrigada a viver com internet que nem chega a 2 megas, se quiser ter mais do que 4 canais de tv, tem de ser por satélite, porque não há cabos ou fibras ou raio que os partem de outro meio e por isso o total da minha factura tem de ser superior do que os citadinos que por 24.90€ num período de 2 anos tem todo uma catrefada de megas e canais televisivos e chamadas a borla ou quase e em não sei quantas televisões, tablet, iphones e afins!!!!

Citadinos, aguentem os cavalos, que este post não é contra vocês, mas sim contra estes ordinários duma onça dos empresários de Portugal, que só investe nas cidades!!
E os arredores senhores, não precisam, não são merecedores da vossa boa vontade, são indigentes por acaso?! Que se por via, querem um pouco de entretenimento, tem de pagar a preço mais altos!!!!
Pois bem, deixem-se de shark tank e investem onde a tecnologia é precária, sabem la o que é querer enviar um trabalho e ter de repetir o envio umas cem mil vezes????
É desesperante!
Vão mas é trabalhar, para dar ainda mais trabalho a quem está desempregado e assim criar condições para todos!
Ah e tal, a empresa X é líder nacional em rede e afins. Onde Meu Deus? Onde? Porque ou estou muito enganada e o meu território nacional ainda é Portugal ou então deixou de pertencer.

E para quem, disser, Nina tas tu preocupada com idiotices, quando existem aldeias que nem electricidade têem?
Infelizmente também tenho conhecimento desses casos, mas porra, eu ainda quero ter um trabalho, para o manter, preciso de internet, portanto, para mim não uma idiotice, está claro?!

Pronto, desculpem o desabafo, mas estava mesma a precisar, porque quando vejo 4 canais em que só e somente existe, telenovelas, cantorias, portugais em festas e afins e secret story ( casa do sexo), penso - Será que é isto que quero que os meus filhos vejam??? Onde está a cultura? O verdadeiro entretenimento? A magia da televisão?? Os filmes??? 
Querer ter um pouco de condições de trabalho, 
É pedir muito???










quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sorrir - sempre

Ontem no meio da confusão habitual do trabalho, aconteceu algo que me tocou, algo que me fez repensar na vida que tenho vivido e levado.
Pediram para pedir o preço duma chave de ignição e assim fiz, sabia de ante mão que não seria fácil, pois o carro não estava nas instalações e iriam perguntar características, que com certeza, não saberia responder a primeira e teria de recorrer aos colegas de trabalho para tal.

Assim fiz, liguei, atendeu-me um senhor já conhecido e sempre muito amável e simpático, deve ter uns cinquenta e muitos anos, expliquei o que queria, e la vem as perguntas da praxe:

-Então qual é o carro? matricula tens?
- É um Renault Megane, não, não tenho matricula, o cliente ligou a perguntar e ele também não sabe a matricula da cor! 
- Então cilindrada e ano de carro?

Essas eu sabia e respondi acertadamente.

- Motor 8/16 válvulas?

Rasteira, la tive de recorrer a mais alguém,

- Já sei 8 válvulas, motor energy 
- Hum ok..... ah preciso também de saber se tem sensor de bloqueio?!

Bem, começo de rir, a serio, pela minha ignorância, digo:

- Eu la sei, vou perguntar mais uma vez, só um minuto, (rir).

La perguntei novamente a quem de direito e sabido e voltei ao escutador para dar a resposta afirmativa e sempre a rir, juro, parecia tonta.

- Mas porquê de tanto rir?
- Porque não soube responder a metade das suas perguntas sem recorrer a ajuda alheia
- Tem um rir muito bonito.
- Ainda por cima está a gozar comigo?! (rir)
- Não estou não, a serio que tem e digo-lhe mais, ria sempre!
- Espero que sim (rir)
- (Num tom mais serio), Ria sempre e leve a vida sempre a rir, obrigado por ter telefonado e ligue sempre que precisar, tem um riso muito bonito, será um prazer atende-la, Obrigado!

Agradeci, desliguei, pensei.... O senhor para achar tanta graça ao riso nervoso, das 2 uma, ou teve um dia mau e acabei por lhe pôr um sorriso nos lábios no final do dia, ou o homem estava a mesmo a gozar comigo!

Fico-me com a primeira opção, acho-a mais provável, conhecendo o senhor e fez-me pensar que o velho ditado "tristeza não pagam dividas" é bem acertado, portanto vou tentar rir mais vezes, porque realmente, já há muito não me ria com vontade, como me ri nestes telefona, que em tudo, nada tinha graça, mas eu la achei que tinha...!



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Pai Natal Contra Menino Jesus: O Juiz Decide - Adoro!

Pronto, é oficial o espírito natalício ainda não chegou cá por estas bandas e não sei se vai chegar!
Mas como sou persistente nalgumas coisas e para ver se consigo embrenhar-me na magia que o Natal normalmente emana, fiz um upgrade a minha pagina, trazer o Natal até a mim, já que teima em não vir de livre vontade!

PS: Ainda só e somente comprei 1 e uma só prenda! tendo em conta que só faltam 8 dias para o dia D, estou no caminho certo... ou não (a ficar com arrepios só de pensar no assunto)!!


Para animar e os arrepios passarem aqui fica um video dum sequetech que Nuno Markl, locutor da radio Comercial, escreveu há uns anos e interpretado por grandes actor - Adoro!!!! :)



quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

De volta ao passado#18 - Coração dividido #2

Parte 1          Parte 6          Parte 11          Parte 16
Parte 2          Parte 7          Parte 12          Parte 17
Parte 3          Parte 8          Parte 13          
Parte 4          Parte 9          Parte 14          
Parte 5          Parte 10        Parte 15  


(continuação)

O jantar chega, não quero comer, não tenho fome, ainda tenha um nó na garganta, a enfermeira voltou, trouxe a medicação e com muito carinho disse-me que tinha de comer, que logo que me senti-se com força, ela me levaria a ver o meu menino, para poder finalmente estar com ele.
Soltei um desabafo, "mal acabei de ser mãe e já me sinto uma mãe desnaturada, uma má mãe". A enfermeira quase que me bateu, que todo aquilo que aconteceu, ninguém conseguiria reagir de forma diferente e que muito estava a fazer, pois ainda me segurava em pé e isso prova que tinha muito mais forças do que eu estava a avaliar. Quando tivesse ingerido qualquer coisa e preparada, era só chamar para podermos ir até a Neonatal.

Ela sai, vejo o tabuleiro na mesa, mas não queria mesmo comer! A rapariga que estava na cama ao lado, pede ao marido para me trazer o tabuleiro, digo que não tenho fome, ela insiste e ele também,

- Come pelo menos a sopa! Dizem eles.
- Obrigado.
Não tenho forças para argumentar.

Como e apercebo-me que ainda não tinha dado conta com quem está a dividir o quarto comigo. Sabia que eram duas mulheres, mas todos estes acontecimentos, fizeram-me perecer que estava sozinha.
A rapariga do lado devia ser pouco mais velha do que eu, tinha um ar muito simpático e amável e tinha tido uma menina. A mulher do fundo, era uma mulher ja de meia idade, tinham um sotaque estrangeiro, talvez ucraniana e tinha tido um menino.
Elas, tinham os seus filhos, marido, familiares e amigos do lado para poder conhecerem o recém nascido, eu... sozinho, sem ninguém ao meu lado...., o Homem tinha ligado aos nossos pais a explicar o que sabíamos, disse que eu precisava de descansar, para virem amanhã.
Voltei a recompor-me, para distrair-me enquanto comia a sopa, (parecia que a taça não tinha fundo, ARREE!!), concentrei-me no que estava a minha volta e percebi que a mesma rapariga que tinha visto na noite em que fui fazer o registo da noite , que tinha um sinal ao pé do olho e que enroscava o seu bebé, era a mesma rapariga que dividia o quarto comigo, que coincidência!

Finalmente, acabei, chamei a enfermeira, pedi se me podia ajudar para ir ter com o meu menino e devagar, devagarinho, la fomos, eu de pé, sem cadeiras de rodas, eu do meu próprio pé, fui ter com o meu filho.
A enfermeira pelo caminho falou bastante, mas estava tão focada em ir ter com o Príncipe, que não lhe dei a devida atenção.
Chegamos, estava tudo tão calma, não havia monitor a apitar sem parar, os enfermeiros estavam sentados, calmos, havia uma certa serenidade dentro daquela sala.
Sabia de cór onde se encontrava a cama magica do meu Pingente e depois de bem desinfectar as mão, la fui eu quase que a correr, se é que andar aos tropeções, se possa chamar correr!!
A enfermeira que me acompanhou, deixou-me e disse que ando quisesse voltar para cima, seja a hora que fosse, para pedir para a chamar, pois viria buscar-me.

O enfermeiro da Neo, veio ter comigo:

- Como ele está?
- Ta óptimo! esteve um pouco irrequieto depois de todos se irem embora, mas lá sossegou, comeu e caiu no sono.
Ele explica-me, que posso tocar nele, através dumas janelas que existem na incubadora e eu... eu toco na pele delicado no meu rebento, está quente la dentro!
Com muito jeitinho acaricio a minha cria, o instinto animal vem ao de cima e tudo aquilo que quero é poder, tal uma leoa, lamber a minha cria.

Olho para ele, tão pequenino, vejo fios, (electrodes, talvez?), um fino tubo, muito fino a entrar pelo nariz a dentro e tinha num pé um outro fio com uma luz vermelha.

- O que são estes fios todos?
- Então, os do peito são electrodes, (boa!), medem o ritmo cardíaco e o numero de respirações por minuto, no monitor, podes reconhece-los, gráfico verde, ritmo cardíaco, gráfico branco, respiração, depois temos a saturação, que é o gráfico azul, medido pelo sensor que está no pé, que emita esta luz vermelha, (aponta para o pé).

- Saturação???? O que é? Eu ouvi falarem disso quando a minha menina estava cá!
- A saturação mede o nível de oxigénio que existe no sangue em percentagem, que tem de estar a 100%. A sua menina, não conseguia atingir esses valores.
- Porquê?
- Não sabemos, mas não se preocupe, eles no Pediátrico são uns Ás, eles vão perceber o que se passa e vão reverter a situação.

Será?! tenho de acreditar que sim e o Homem que nunca mais liga!!!

- Aqui, o tubinho que entra na narina, é por onde ele come, pois nesta idade ainda não sabem mamar, por isso coloca-se o "esparguete" até ao estômago e fazemos o trabalho por ele! Disse com um ar de riso nos lábios.
- Obrigado.

Olho para o meu Filho, está de lado, virado para mim, não tem pestanas nem sobrancelhas, o nariz é tão pequenino que o esparguete, quase o esconde, está só de fralda, em cima dum cobertor que parece ser de lá, ele mexe-se, tem umas orelhas tão pequenas!
Tento perceber, se se parece com agente, o pouco cabelo que tem é preto, como o pai, o nariz esse é meu, tenho a certeza, mas quanto mais olho mais vejo traços do meu marido. Ao de leve ponho o meu indicador na palma da mão dele e seus dedos fecham em redor, é tão bom, tão...., olho para aqueles dedos pequenos e magrinhos, a unha é como uma pele fina e espanto-me mais uma vez a ver traços do pai na sua mãos, ele tem uma mistura linda minha e do pai nas mãos, dedos pequenos como eu e unha quadrada como o pai, é que sem tirar nem por, como se fosse uma fotocopia em miniatura.
Tem um alarme num tornozelo, mas ou muito me engano ou se ele se mexer muito, o alarme sai pelo pé! Tem também um pulseira no pulso, deve ser onde está o seu nome escrito.
Estou simplesmente enfeitiçada, poderia ficar ali a noite todo só a olhar para ele.

O meu telemóvel toca, é o meu Amor, tenho de sair de pé do Príncipe para atender.
Atendo, ele explica que ela está bem, estável, que os médicos têem de fazer exames, mas suspeitam que seja um problema no coração, para não me preocupar que estão a tratar muito bem da nossa menina, amanhã antes de ir para Coimbra vem ter com agente. Desligo, suspiro, as lágrimas inundam os meus olhos, respiro fundo, limpo as lágrimas, volto ao pé do meu menino.

Ele está acordado, choraminga, um choro lindo, pequeno como ele, é hora de comer!!! :)
O enfermeiro, vem com uma seringa com leite, põe a extremidade no esparguete e o leite deixe e ele cala-se ao sentir o leite assentar no estômago, é magico!!
Peço, se não há possibilidade de poder dar-lhe colo, nem que seja por um instante e... para alegria dos meus ouvidos, o enfermeiro disse que sim!!!
Com muito cuidado abriu a caixinha deu-me uma manta, pediu para abrir uns botões da minha camisa, porque queria fazer a técnica Canguru, consiste em haver contacto com a minha pele com a dele, para ele poder sentir-me.
E assim foi, o meu FILHO..., veio junto de mim, pude senti-lo..., cheira-lo..., beija-lo..., ama-lo..., senti todo o peso que tinha nos ombros se desvanecer, ele estava ali, estava bem, o meu coração sossegou, sussurrei o quanto o amo ao ouvido e ele adormeceu ao meu colo.
O meu pensamento voou para Coimbra, eu sei que ela estava bem e sei que ela também sabe que logo que possa, irei ter com ela.

Ali fiquei, menos tempo do que gostaria, pois ele tinha de voltar para a sua cama aquecida e fechada e eu também, a enfermeira da ala da maternidade estava la, já passava das 3h da manhã e eu precisava descansar, disse ela.

E la fui eu, devagar, devagarinho, de volta para o andar de cima.

Mais Uma estrela no ceu

Todos os dias, quando chego a casa dos meus pais, olho para a sua casa, que já há tanto tempo deixou de ser sua.
Olho e procura o fumo a sair pela chaminé..., quando finalmente relembro que já não mora ali, você foi para outra casa, para poderem tratar de si com todo carinho que merece.
Mesmo sabendo que era bem tratada, morria de saudades de poder chegar ao trabalho ou a casa dos meus pais e ouvi-la a chamar por nós ou então num dia de sol, passar por sua casa e vê-la sentada a porta ou até ouvi-la a chamar pelo avô, na hora de almoço, gritava por ele, o que me ria quando os ouvia:
oh zé, zéÉÉÉÉ!!!  e ele simplesmente assobiava e você sabia que logo chegaria para comer.
Quando o Tio, a Tia e o avô, partiram, você tinha mais força que todos nós e somos uma família e tanto, você não queria que chorasse-mos e todos, sabíamos onde ir depois de cada funeral, direcção a sua casa, onde todos recordávamos os bons momentos, onde todos bebíamos um Porto ou um "wika" com cola, onde os sorrisos a pouco e pouco brotavam nos nossos lábios.
A sua força, a sua vitalidade, era contagiante, adorava ouvi-la falar, era umas "caravalhadas" umas a seguir aos outros, punham em sentido qualquer um! Vaidosa que só a avó, sempre que apanha-se alguém a jeito, pedia para voltar a pintar as unhas.
Você era o pilar desta, da nossa família, mesmo com as desavenças, você nunca deixou de dizer o que pensava.
Todos nós sabemos que os tempos, "do antigamente", não deviam ser fáceis e que você muito deve ter sofrido, nasceu nos anos 20, onde a mulher ainda não tinha quaisquer direitos, mas você conquistou os seus direitos, você faziam frente até ao avô!

Ontem, o dia em que lhe prestamos o nosso ultima adeus, em conversa com primos e tios, vi que tanto a avó como o avô estão em nós, a nossa família é apelidada de Carolinos, pois percebi
que isso não é só um apelido, é algo mais, uma célula que está no sangue, que nos define. 
Todos nós, somos teimosos e casmurros, mas também herdamos a vossa força, a vossa vitalidade, a vossa vontade de viver.
Todos sabíamos, o que deveríamos ter feito, o certo era irmos todos para sua casa, acender a lareira, ver o fuma a sair da chaminé, beber e brindar a você, infelizmente por força da vida, por força de sermos Carolinos, cada qual bebeu em suas casa, pela avó!
Eu tenho saudades de a ouvir falar, de mostrar que apesar da idade ainda conseguia ginásticar, saudades de trocar os nomes aos meus Pimpolhos, deles quererem ir para o seu colo e rirem-se quando você falava.
Eu poderia continuar a escrever o quanto você faz falta e ainda muito poucos dias passaram desde a sua partida, que todos queremos o seu colo, o seu sorriso...
Você viveu e construiu uma linda família, agora somos nós que temos de fazer jus ao seu nome, Ti Maria da Luz e relembro com ternura, pois contava demasiada vezes, que o seu pai, o meu Bisavô, tinha ido muito cedo, sei que agora, a avó está junto dele, dos seus filhos e do avô.
Se puder Vó, olha por nós,
Obrigado por fazer parte de nós, 
Je t'aime... até um dia









quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

De volta ao passado#17 - Coração dividido #1

Parte 1          Parte 6          Parte 11          Parte 16
Parte 2          Parte 7          Parte 12          
Parte 3          Parte 8          Parte 13          
Parte 4          Parte 9          Parte 14        
Parte 5          Parte 10        Parte 15  

Sábado 10 de agosto 2013 (continuação)

O meu homem leva-me de volta ao meu quarto, antes de ir murmurei um até já ao meu pequeno Príncipe, não podia ficar ao pé dele com esta aflição no coração.

Eu sabia que ele também estava a sofrer,
ele sabia que a mana já não estava ao seu lado,
quando estavam a pôr a Princesa na "caixa", de relance, vi-o a virar-se, sim virou-se de barriga para baixo, ele estava inquieto, uma enfermeira foi ter com ele e mimou-o, fez o que naquele momento não conseguia fazer, pois eu só iria transmitir tristeza ao meu Pequerrucho e isso, estava fora de questão.
Tinham feito 24h de vida e tudo aquilo que desejava era poder dar o nosso Amor.

Portanto decidi voltar para o quarto, para acalmar, depois, sim poder estar com o meu menino, já que nos foi dito que nós (eu e o meu Príncipe), não iríamos ser transferidos, pois, como eles disseram, não havia necessidade para tal, (não havia necessidade para tal?? Desculpe??? Vou ficar aqui pelo menos 4 dias sem poder pôr os olhos em cima da minha FILHA!!!! Mas será que esta gente não tem coração??!!).
Ao chegar ao quarto, vejo que tenho visitas, a minha tia e o meu tio..., a minha P'tite tata, como sempre a chamei desde criança, por ser "pequenina" em tamanho, mas com um coração 10 vezes maior do que ela, (pois, ainda ninguém sabe, todos pensam que está tudo bem..., mas não está...).

Eu não queria ninguém, só queria estar sozinha e pensar no que pude eu fazer de mal, para a minha Pingente estar doente, mas se há pessoa que me pudesse dar colo naquele momento, era ela.
Quando chego, ela não me vê e dou conto que ela tem um sorriso de orelha a orelha, eu sei que estava feliz por nós, mas quando os seus olhos cruzam com os meus, a sua expressão mudou logo para um estado de ansiedade e preocupação.

- Boa tarde (dizem eles)

Eu mal consegui articular uma palavra, o meu Homem, tinha de ir embora, disse-lhe para não ir sozinho, ele assegurou-me que ia pedir a um dos irmão para ir com ele e que logo que tivesse noticias da nossa menina que me ligava a hora que fosse.
Pedi-lhe, para quando tivesse com a nossa Princesa, dizer que eu a amo muito. Despedimos-nos e la foi ele, a correr, para poder estar, pelo menos um de nós, com ela.

Antes dos meus tios poderem entrar, uma enfermeira veio ter comigo, mediu-me a tenção e perguntou se queria receber as visitas, era do meu direito não querer, não estar disposta para conversas, mas..., eu... estava mais que disposta, eu queria colo e sabia que iria tê-lo. Amavelmente, deixou as visitas entrar e num tom de aviso, mas condescendente, disse para eu descansar, ainda a pouco mais de 24h tinha sofrido uma cesariana, é uma cirurgia e já tinha abusado por hoje.

A minha p'tite tata, aproxima-se, senta-se ao meu lado e eu choro. Por entre lágrimas, explico o pouco que sei, que tive 2 filhos, que estava tudo "normal" e que de repente, fico aqui só com um e o meu marido vai ter com o outro.

Por sua vez, ela tenta animar-me, que tudo está bem, não deve ser nada de grave, que Deus escreve certo por linhas tortas, (Deus??? a serio??? Ele, que sabe o que sofro, os problemas que tenho do dia a dia, Ele? Ele, em nada está ajudar! Será que existe mesmo?! Se houvesse um Deus, isto não aconteceria!!). 
O meu tio, nada disse, ele sempre foi reservado, mas andava de trás para frente e de frente para trás, ele estava preocupado, em silencio, não quis dizer nada, eu vi e percebi isso nele.
Trouxeram prendinhas, sempre consegui dar um ar de riso, aos pouco o meu coração desacelerava, as lágrimas começaram a secar, liguei o piloto automático, mais uma vez sobrepus a razão ao coração.

Eles foram embora, com a promessa que voltariam e para não me preocupar, tudo estaria bem em pouco tempo e eu queria acreditar nisso.



terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Espírito Natalício, por onde andas TU??

Novembro findou,
Dezembro chegou,
Árvore de Natal a postes,
Mas ainda faltam os "Pais Natais" de chocolate para pendurar na árvore,
Lojas e algumas (poucas) ruas enfeitadas,
E o espírito natalício, ainda não bateu no coração!

Será que seja por falta dos "Pais Natais" de chocolate pendurados?

Tenho mesmo dir ali a loja da ´squina compra-los, que quero mesmo que o natal seja novamente magico, la por casa!!



ho ho ho,

que já é altura de assinar os postes com um:

FELIZ E SANTO NATAL PARA TODOS!!

PS: Já sei!!! É por ainda não ter ouvido passar nas rádios musicas de natal!!! Será??



Musica ou chocolate? Eis a questão!


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Postais de Natal, escritos a mão!! PPC2014

A D. Ursa teve uma excelente ideia,
quadripolarizar o Natal dos seus leitores.

Em que consiste?

Simples, basta querer escrever um postal de Natal, como se faziam antes da internet, antes dos telemóveis,
tablets
e afins tecnológicos,
à moda antiga,
papel e caneta.

Adorei a ideia, há imenso tempo que não mando um postal assim, então inscrevi-me nessa iniciativa de poder levar umas palavras natalícias a desconhecido.

Obrigado pelo o PPC 2014 Ursa, este blog está oficialmente quadripolarizado!!!