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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Imaginação... PRECISA-SE!!!!

Ja há alguns dias que ando num profundo drama...

O QUE FAZER PARA O ALMOÇO/JANTAR??????

Olho para arca congeladora e fico a olhar, olhar.... para ver se me ocorre alguma ideia saborosa e diferente para se fazer,
ah e claro,
que seja rápida e económica! (Que isto de tratar de 2 crias de 15 meses, antes de fazer a janta é coisa que dá para começar a tratar do assunto por volta das 21h.)

Mas infelizmente, nada vem...
Parece que estou sempre a fazer o mesmo!!!

Estou com uma falta enorme de imaginação e desenrasque culinário.


I need help!

Ófazfavor, a ementa da semana, só para eu poder cuscar umas ideias, agradecida!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Uma pessoa.... atrasas-se.... sempre

Despacha-se para sair-mos a hora para levar os Pimpolhos a creche e chegar a hora ao trabalho,

Uma pessoa, nunca deixa o saco/roupa dos Pimpolhos preparado na noite anterior, porque sente-se tão cansado de ter que correr para:

-Sair cedo do trabalho, para ir buscar as crias a creche,
-Chega finalmente a casa, dia de banho, o Homem da banho as crias eu corro para fazer o nosso jantar e preparar sempre em primeiro o dos Pequerruchos,
-Dar de comer as crias, a ouvir ininterruptamente a musica do Soninho, do Gomby, para a sopa não voar pela casa toda,
-Acabar de preparar o nosso jantar,
-Jantar por volta das 10h/10h30,
-As crias estão com as pilhas carregadas e não querem dormir,
-Ir deitar, mesmo assim as crias, (acabam por adormecerem),
-Arrumar cozinha e lavar alguma sopa ou comida que tenha voado do prato,
-O meu Homem toma banho,
-Eu tomo banho,
- Já é 00h/00h30, fazer o leitinho da noite dos meninos (confesso que essa tarefe é quase sempre da responsabilidade do Homem)
- Dar leitinho, mudar fralda, choro, rabugice, de volta para cama ,
- dar uma arrumação muito superficial a casa,
-Não se prepara o saco/roupa dos meninos para amanhã, porque acho sempre que tenho tempo de o fazer durante a manhã(mentira),
- 1h/1h30 ir dormir,
-Acordar de hora a hora ou de 2 em 2, por falta de ChuCha ou porque tirou as mantas de cima,
-O despertador toca,
-Levantar, preparar leite,
-Bebem leito sozinhos, enquanto preparo saco/roupa,
-Veste roupa, muda fralda, choro, rabugice,
-Vou-me despachar em 5mn (como é que a mães que chegam a creche, deixar os filhos, lindas e maravilhosas, enquanto eu pareço um Trapo?) e volta tudo ao mesmo.

MENOS hoje de manhã,
pois HOJE, lembraram-se de irem até a casa de banho e abrir a torneira do bidé!!! (duranção da agua a correr em jacto e ao máximo, 10 seg.)

UMA PESSOA, despacha-se para sair-mos a hora para levar os Pimpolhos a creche e chegar a hora ao trabalho,
MAS ANTES,
antes, tem limpar a inundação da casa de banho!!!!!

Creche e trabalho.... chegamos atrasados!!!!

Uma pessoa sofre, mas uma Mãe e um Pai aguentam,
porque são os seus filhos, a luz dos seus olhos!


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Dia da prematuridade



Hoje, 17 de Novembro 2014, celebre-se o dia mundial da Prematuridade.
O dia em que nascem guerreiros XXS, que entrem no nosso mundo para nos mostrar que nem tudo é impossível.

Fui prendado com 2 duma vez só, os meus Pimpolhos nasceram de 32 +5 semanas/dias, a Princesa pesava pouco mais e 1250 kg, o Príncipe 1540 kg, tão pequenos que eles eram.

O nascimento dum filho é sempre uma grande expectativa e acho que todos nós, como pais, aquilo que logo queremos é encher o colo com eles,
cheira-los,
vê-los,
senti-los.

Pais de prematuras, nem sempre é possível esse primeiro contacto no primeiro dia, as vezes demora dias, outras, demora semanas.

Ansiamos por poder tê-los,
sofremos,
mas lutamos com eles, cantamos e dizemos para eles, muito baixinho, (pois como são tão pequenos até temos medo de falar no tom que nos é normal, portanto sussurramos), que eles são muito mais fortes do que alguma vez nós podíamos pensar e lutam.

Chega o dia em que já temos autorização dos médicos para poder encher o nosso colo, devagar, com muito cuidado e ternura, agarramos os nossos filhos,
choramos,
baixinho,
para eles não perceberem,
cuidadosamente enchemos de beijos e minutes depois voltamos a coloca-los na incubadora ou na cama especial, porque é nos dito que, por hora, lá é o melhor sitio para eles.

Ser pais de Prematuros é uma bênção,
não, não estou a desvalorizar os pais de bebés de termos, (até porque aqui que ninguém nos ouve, um dia gostaria muito, ser mãe dum bebé de termos), mas a vida pôs desde o inicio barreiras de metro e meio, para gente com pouco mais de meio metro de altura ultrapassarem e isso,
isso,
ensina-nos muito.

(Foto retirada da internet)

Uma ESTRELA no ceú

Passar o fim de semana desligada de qualquer comunicação social e perceber hoje de manhã que existe mais uma Etrelinha no céu.
A Gui, a bebé do Dubai, partiu, batalhou, foi uma guerreira e tanto.
Sinto mesmo muito pelos pais, eles também batalharam, mas não conseguiram vencer esta guerra, a Gui quis descansar.
Não há palavras escritas ou ditas que possam confortar estes pais, mesmo assim, Força, tenham Força para superar todo este turbilhão de sentimentos, a vossa menina está a olhar por vós agora.



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Je suis de la Génération des Désenchantée et j'en suis fière!! #1

 aqui falei de como gosto de musica e de como elas me toquem.
Hoje, com ajuda dumas amigas, estamos a recordar as nossos musicas de infância, as musicas que quando hoje as ouvimos, voamos longe, eu, particularmente, fico com pele de galinha.

Fazemos parte duma geração, uma geração marcada, como sendo a Génération des Désenchantée , estas musicas elas nos define.

Hoje lembrei-me, de partilhar algumas dela, umas até foram (re)cantadas por artistas portugueses, outras são por vários artistas, mas a sua essência, continua lá, a saudade bate, isto mostra aquilo que sou, estas musicas, são o meu EU!










Adoro!













Amizade... um sentimentos fantasbulastico! Já disse como gosto do mês de Novembro?!

Como muitos conta, dizem, afirmam, a Amizade é um sentimentos forte, alguns, até acham ser superior ao Amor, pois uma amizade sincera não quebra, não julga, ela ampara, dá o ombro para chorar-mos e faz-nos rir em qualquer momento da nosso vida.

Vim doutro país, numa idade pouco recomendada, a beira de fazer 16 anos, mudei de país, mudei de vida e para onde ia, não tinha amigos.
Os meus amigos foram deixados para trás, amigos de infância, melhor amiga, amigos da onça (esses, não deixaram saudades), bem tudo e todos aqueles que conhecia desde pequenina ficaram longe.

Hoje, vejo, que sim, a minha vida poderia ter sido melhor, (porque com certeza teria sido, pelo menos a nível financeiro), mas não mudava uma virgula, daquilo que tenho hoje.
As tecnologia vieram e ainda bem que apareceram, pude reencontrar muitos amigos do passado, voltei a reencontrar-me com alguns, até pude ir ao casamento da minha amiga de infância. 
Para mim a internet e o seu mundo, deu-me muita coisa boa.

Claro, mesmo estando na adolescência, fiz novos amigos, voltei a fazer amigos da onça, (devo ter queda para isso) e voltei a ter melhores amigos, contam-se pelos os dedos, mas são poucos e bons e isso é o mais importante.

Ontem, estive com a minha Titi, é uma daquelas amigas, que por muito que o tempo voa entre nós (e voa, pelo facto de ela estar a viver na Finlândia), cada momento que temos para estarmos juntas, a conversa flui, parece que ainda ontem estivemos juntas e olhem que esta amizade de escola, em nada apontava para que fosse para ser uma amizade verdadeira e duradoura. 
Andamos juntas na escola, em áreas diferentes, éramos vizinhas, conheci-a através duma prima, falava-mos, trocava-mos algumas ideias e cantava-mos a musica do Aladino (Ce rêve bleu), mas nunca fez clic, até um dia...

Ela foi embora, a procura duma vida melhor, de trabalho e não sabemos porquê esta amizade tornou-se em algo com raízes, com sentimento. 
Sempre que vinha passar uns dias a terra, arranjava-mos um cadito para estar-mos juntas, nem que fosse para dar um beijo e para ter a certeza que estávamos ambas bem, felizes.
Ela conhece-me como poucos, sabe exactamente como penso, o que sinto, as minhas fraquezas, bem como as minhas forças e eu as dela.

Quando os meus Pimpolhos nasceram, encontramos-nos, e disse umas palavras que nunca me vou esquecer, porque só ela as podia dizer e só ela entendia:

- Marilou tas bem?
- Tou Titi, on fait avec... (vamos fazendo por isso)
- Tu peus dire que ca va pas, tu sais?! (Podes dizer que não está tudo bem, sabes!?)

Caí em lágrimas agarrada a ela e por muito triste que eu estava, por muita lágrima vertida no seu ombro, hei-de sempre lembrar que ela fez-me sorrir, com mais uma tolice dita.

Ontem contei a boa novidade, da cirurgia Correctiva e Definitiva, sendo ela enfermeira, percebeu todos os pormenores que lhe contei e saltamos as duas de alegria, aqui no meio do meu local de trabalho, parecia-mos uma tontas, (e somos, verdade seja dita), mas era genuíno, um sentimento que as duas estavam a festejar da mesma maneira, com a mesma intensidade.
E como só ela, antes de partir, de novo, disse-me:
- Se algo não correr como deveria, tu sabes que mesmo longe, eu estou aqui!
-Eu sei! Claro que sei....

"Como muitos conta, dizem, afirmam, a Amizade é um sentimentos forte, alguns até acham ser superior ao Amor, pois uma amizade sincera não quebra, não julga, ela ampara, dá o ombro para chorar-mos e faz-nos rir em qualquer momento da nosso vida" dizia eu mais acima.

Bem, eu sou daquelas, que acha que a amizade se equivale ao Amor, porque, a Titi, é das poucas a quem digo Je t'aime, quando me estou a despedir, porque eu realmente amo-a muito por ser como é!! 

Esta semana está a ser cheia de surpresas muito boas, de mais Amigos, como a Titi a festejar a boa nova e a esses, esses a quem digo que Amo, que Adoro, OBRIGADO por fazerem parte da nossa vida atribulada, vocês são fantásticos.

Poderia escrever, cada característica, de cada um, de cada amizade, mas se assim o fizesse, não seria a mesma coisa... <3

Já disse que adoro o mês de Novembro!!  :)














terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um dia DEFINITIVAMENTE muito FELIZ!!!!

Hoje é O dia,

hoje faz precisamente 1 ano que a minha pequerrucha veio finalmente para casa, dia de São Martinho, dia de castanhas quentes a lareira, dia de grande, enorme alegria.
Depois de tanta luta, depois de tanto sofrimento, veio a Felicidade de poder ter os meus dois filhos juntinhos, estar-mos todos quatros reunidos.
Há 1 ano atrás festejamos, com avós e tios.

Hoje mais uma vez é dia de felicidade, felicidade a dobrar, alem de comemorar um ano da chegada a casa da nossa Pingente, ontem tivemos a ÓPTIMA noticia, por parte dos médicos que a seguem, que existe forte probabilidades de poderem fazer uma cirurgia correctiva e DEFINITIVA ao seu coraçãozito!

Eu gosto da palavra DEFINITIVA, sobretudo neste contexto, ahhhh se gosto!

Ainda pouco sabem vocês, sobre a batalhas que a minha Pequerrucha teve de travar para estar aqui hoje, pois não é fácil tirar 5 mn de sossego, com o trabalho, casa e os meus Pimpolhos.

Mas logo que possa, irei contar-vos tudo sobre esta cirurgia correctiva e definitiva!!!!

Cada vez, gosto mais do mês de Novembro, ahhh se gosto!!

Obrigado São Martinho!




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dá um mimo, dás?

O meu Príncipe, já anda há uns dias fazer o som de beijos, mas, quando agente pede, ele só abra a boca e dá-nos um beijo bom e babado.
Hoje de manhã, os meus dois amores em cima do sofá, um em cada ponta e ele "corra" até a mana para se deitar em cima dela, sim ele adora poder se esponjar em cima dela. 

Não é que ela não goste, porque vejo que ela adora, mas ele acaba por ser um pouco pesado para estar em cima dela. 
Portanto, pedi-lhe para dar um mimo a mana, visto que ele estava deitado com a cabeça em cima da barriga da Princesa. 
Não é que o meu menino, levanta-se e dá um beijo, mas mesmo um beijo com barulho, no nariz da mana!!! 
Achei que fosse simples coincidência e pedi para dar outro mimo a mana e ele voltou a repetir a proeza!
Ela, adorou e abraçou-o de boca aberta para lhe retribuir o beijo.

Bem, eu, fiquei derretida a olhar para aqueles dois, eles, como todas crianças, dão imenso trabalho, põem-nos o cabelo em pé, mas quando querem, conseguem ser umas verdadeiras ternuras!!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

De volta ao passado#16 - O começo, duma grande e longa caminhada

Parte 1          Parte 6          Parte 11          
Parte 2          Parte 7          Parte 12          
Parte 3          Parte 8          Parte 13          
Parte 4          Parte 9          Parte 14        
Parte 5          Parte 10        Parte 15  
Sábado 10 de agosto 2013

Depois de comer, (eu estava cheia de fome!), medicação tomada, tudo feito direitinho, o meu amor veio ter comigo, para voltar-mos a neonatal.
Nesse entretanto, ele contou-me que os nossos pais, são os únicos familiares que podem visita-los, uma visita de 10mn. não mais, mas era melhor que nada e eu bem sabia que estavam todos em pulgas para poder conhecer o netos.
Por isso, ele já tinha combinado com eles a hora e tudo para eles poderem visita-los.
Estou tão orgulhosa do meu marido, ele estava a tomar conta de nós, a sua família!

Chegamos, vestimos a bata (não é nada fácil, sobretudo quando ainda se está numa cadeiras de rodas, parecem ser feitas duma lã imensamente fina ou que é aquilo e é impressionante o calor que elas oferecem), lavamos e desinfectamos as mãos e entramos novamente no mundo dos seres muito pequeninos, onde a nossa vida deu uma volta de 360º.

Mal entramos, ja ouvia-mos o som do alarme do monitor, é claro que havia mais bebés na unidade, mas eu sabia..., sabia que era a minha Princesa e não me enganei, mais uma vez um "enxame" de enfermeiros a volta dela, ela chorava a pleno pulmões, mal a conseguia ver, no meio de tanta bata verde, o meu Príncipe, ele, estava a dormir, sereno, sem qualquer apito ou alarme.
Pergunto mais uma vez, peço mais uma vez que nos digam o que se está a passar e todos dizem que é NORMAL, para não nos preocupar.... Vou para junto dela, continuava a chorar copiosamente, tão pequenina, uma miniatura de gente, mas com uma força descomunal para mostrar o quanto está insatisfeita. Mesmo no meio de tubos, adesivos e mais adesivos, ela consegue mexer-se, é impressionante a força de vontade que ela tem, devagar, aproximo-me do ouvido, peço-lhe para ela ter calma, mimo a mão dela com o dedo, e mesmo assim tenho medo de a magoar, ela agarra-me o dedo, sim, ela tem força para isso e a pouco e pouco ela acalma, os alarmes ficam mudos, os enfermeiros respiram de alivio.
O meu mais que tudo está ao pé do nosso filho, mas olha atentamente par os monitores dum e doutro e da mesma forma faço o mesmo e comparo.
Mesmo não percebendo nada de nada de medicina e afins, havia de conseguir decifrar qualquer coisa.
Vejo que existe 3 gráficos, um verde, um branco e uma azul, cada um tinha um número, que deduzo ser uma percentagem.
O primeiro, o verde, é fácil, é o ritmo cardíaco, o branco e o azul não consigo perceber o que é, ainda!
O que salta a vista é que os valores da Princesa são sempre mais baixos que o do mano, calculo que os alarmes voltam a fazer-se ouvir a partir dum certo patamar, portanto deduzo, que haja valores de referencia, um alto, um baixo e que quando baixa ou ultrapassa esses valores fica a vermelho e todos se põem em alvoroço.

O tempo passou a correr, o que sei, o que sinto, é assustador, os alarme, mesmo ela quietinha a dormir voltavam e voltam a apitar..., a resposta era sempre a mesma, NORMAL!
Com toda esta movimentação de enfermeiros, médicos, ela sentia-se incomodada e chorava, chorava, nós assistia-mos sem poder fazer nada, éramos impotentes, algo estava acontecer, mas nada diziam.
Chegou a hora combinada dos avós poderem conhecer os netos, não nos sentíamos à vontade, os alarme soavam e soavam, até perguntamos, se era mesmo seguros eles subirem, se não era melhor esperar que ela estivesse melhor, sei que fui rude a falar, porque já não aguentava ver tanta indiferença, por nos dar informações, algo concreto.
Mais uma vez, as mesma respostas, não há problema, é normal, eles que venham.

Saímos..., desanimados, não era necessário falar, os nossos olhares compreendiam-se, ao caminhar pelo corredor, um corredor direito, um corredor comprido demais, estávamos a combinar, ele iria acompanha-los até aqui, enquanto eu ficava aqui a espera, o som dos alarmes fazia-se ouvir..., lágrimas caírem..., ele segurava-me a mão, de repente sai duma sala a pediatra de serviço, a mesmo pediatra que foi rude comigo, um dia antes de ser mãe, a mesma pediatra que viu os meus filhos nascer.

- Estava a vossa procura!

- Vamos trazer os nossos pais cá a cima, todos dizem que não há problema!

- Pois, mas não vai ser possível, decidimos, transferir a vossa filha para Coimbra, para o hospital Pediátrico  e a ambulância já está a caminho.

Estava sentada na cadeiras de rodas, mas senti-me cair, tonta, queria articular qualquer coisa, mas não conseguia, senti as mãos do meu Homem a agarrar as pegas da cadeiras de rodas com demasiada força, só consegui articular,

- Mas porquê? Não é tudo normal? Ainda agora, ia-mos trazer os nossos pais para vê-los!

A senhora Médica Pediatra, com a maior atrevimento que vi até hoje, responde:

-Porquê? Vocês não querem que ela seja transferida?

(Alguém, pode explicar-me, onde estes profissionais de saúde, tem a sua humanidade, humildade e empatia para com o desespero dos pais dos seus doentes??????)

-Claro que queremos que ela vá, se é para o bem dela!!
- Então, preparem-se, que a ambulância pode chegar a qualquer momento.

Ficamos os dois no corredor, já disse que era comprido demais?!
Ele foi avisar os nossos pais daquilo que nem nós sabíamos o que estava a acontecer, voltou, choramos, agarrados choramos, não conseguia pensar em nada, só ouvia os alarmes a tocar, as batas verdes a correrem, por vezes nem era preciso correrem pois mal o silencio se impunha, mal viravam costas e la estava o barulho ensurdecedor, o barulho que estava a despedaçar o meu coração aos pouco, porque nem forças tinha para poder mimar o meu Príncipe.

A equipa da ambulância chega, uma médica, uma enfermeira e a condutora da ambulância. Entram com uma incubadora, cheia de artilharia, pequena, pequena demais penso eu, sinto-me claustrofóbica só de pensar em como vão levar o meu tesouro dentro daquela "caixa".
Os profissionais de saúde falem entre eles, apercebo-me que primeiro a "Saturação" está sempre muito abaixo dos níveis, mesmo estando ela a receber oxigénio (SATURAÇÃO????? O QUE É ISSO???), assim sendo eliminaram a hipótese de ser algo a ver com os pulmões, ouço:
- Deve ser cardíaco então?! Quais os exames e analises que foram feitas?
Chega um enfermeiro com um dossier, que achei demasiado cheio, vejo cabeças a acenar, eu e o meu marido num canto, como que a olhar para um quadro em movimento, abraçados, a chorar.
Sinto que ele não quer, queria poder dizer-me que estava tudo bem, que tudo era normal, mas ambos sabíamos que não há palavras para aquilo que o quadro estava a pintar.
Deixei de conseguir ouvir ou distinguir o que estavam a dizer, só sei que agarram a minha miniatura de gente, a minha Pigente, com um cuidado tão grande, ela chorava, como sempre a ouvi até agora, um choro de quem reclama, de quem está insatisfeita, de quem tem uma força que pode mover montanhas.
Coloquem a Princesa na "caixa" sustive a minha respiração, a enfermeira de Coimbra, olha para mim, vê a minha reacção, explica-nos que a "caixa" é uma incubadora como as outras, com mais artilharia, mas era isto que iria manter em segurança a nossa menina durante o caminho até Coimbra. Acenei para ela, chegamos-se ao pé da "caixa", despedi-me da minha menina, disse-lhe um até já et un JE T'AIME TRÈS FORT, para ela ser forte e persistente, que logo iria visita-la, que o pai, ele, ia já já atrás dela e um beijo meu voou até ela.

Deram as indicações ao meu Homem, estavam a sair da unidade, vejo a condutora da ambulância, uma moça que deveria ser pouco mais nova do que eu, empurrava a "caixa" onde estava a minha Pigente, ela chorava, estava com os olhos e a cara vermelha e a cheia de lágrimas, ela estava a compartilhar a nossa dor.

Um ultimo aceno, pelo o corredor fora....

JÁ VOS DISSE QUE O CORREDOR É DEMASIADO COMPRIDO?!



*Ainda hoje, gostaria de saber quem era a moça da ambulância, não sei dizer porquê, nem sei o que lhe diria, mas ela tocou-me, ver que afinal, ainda existe pessoas com empatia, com coração.
Obrigado a ti, mesmo não sabendo quem és.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

TrogloditA do carraças!!!!

Hoje li uma crónica,
hoje fiquei a saber que nós mulheres somos a consequência dos males do mundo,
Hoje, quando li, fiquei enjoada, por tanta barbaridade dito numas poucas linhas, 
Hoje, respondo a letra ao sua crónica SR. José António Saraiva.


Vossemecê tem noção do que acabou de escrever???? Acho que posso falar por a maior parte a mulheres deste mundo, a mulher é sim FELIZ!!!

Porquê pergunta Vossemecê? Pois bem é LIVRE de estar ou fazer o que bem entende e ninguém tem nada a ver com isso!!! 
Há e tal os filhos consomem drogas ou suicidam-se??? Desculpe!!! será que li bem, Vossemecê culpa as mulheres!!! 
E a sociedade em sim, essa não se questiona, pois bem, informo já Vossemecê que infelizmente essas catástrofes familiares não existem só em casais separados, acontecem mais frequentemente, nos casamentos de fechada, onde as pobres crias, não encontram um equilíbrio! Pois o amor daquela casa virou ódio com pouco educação!
Vossemecê deverias fazer outras perguntas, aquelas que todos os portugueses quereriam ver respondida.
Para quando haverá estabilidade financeira para as famílias?
Quando justiça fará valer seus direito para o nosso sistema corrupto? 
Quando é que as famílias, poderão ir as comprar para comprar bem essenciais para os seus filhos sem ter uma calculadora atrás, pois dia para dia os preços aumentam a olhos vistos?
Estas, SIM, são perguntas legitimas, há que deverão ser respondidas!

Vossemecê J.A.S, deveria é ter VERGONHA de por em causa a emancipação da mulher e a sua felicidade, nas suas supostas consequências!! 

O senhor é de letras, mas de letras, nada percebe!


Já me sinto mais leve!
Bem, para quem não viu ou leu a mixórdia de crónica do senhor, pode fazê-lo aqui