"Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a"

Começo a perceber o quão diferente os meus filhos são e como mudaram em pouco mais de 18 meses, claro que tudo começa a ter mais graça, agora que tentam dizer umas palavras, que andam, que correm, que já demonstram carinho.
Parece que assim, como que, do pé pá mão, cresceram e deixaram de ser os meus bebés, para agora terem uma certa independência.
Quando nasceram, o Pimpolho era um bebé calmo, tirando as cólicas que o levavam a loucura, (e não estou a brincar, ele sofreu imenso, até durante o sono ele gemia com dores), pouco sorridente, um pacházito, desde que não o chateassem ele também não reclamava.
A Pimpolha, era o contrario, começou a revelar-se uma traquina de primeira, muito risonha, mimalha, não teve direito a cólicas, (graças aos céus).

Hoje olho para eles e...

ELE - ri-se, muito, as gargalhadas, com cócegas, sem cócegas, por ir-mos atrás dele, porque está escondido atrás do cortinado ou porque está a fazer asneiredo, enfim um verdadeira risonho.
Também é invejoso, (quer tudo aquilo que a irmã tem), um caminho difícil de percorrer, para ensinar a partilhar, eu explico, ele olha, com aqueles olhos grandes em formato de amêndoa, mas continua.
É meigo, mas não beijoqueiro, quando chora, é com convicção e corta o meu coração, mesmo que esteja a repreende-lo.
Anda, mas quer mais, quer correr, como ainda não consegue, tropeça, mas não desista, volta a luta, levanta-se todas vezes que cai.
As primeiras palavras,
- Pãouuu,
-Bébéé,
-Bola,
-Boa,
- A pe (xuxa)
-Mamã
-Papa
-Pééé
O meu menino é um valentão, destemido, com coração de ouro e cheio de ternura.

ELA - sorri, é difícil conseguir-lhe uma gargalhada, não tem cócegas, só no pés, mas não gosta de as ter, é travessa, continua traquina, vivaz, é que não pára nem por nada. Partilha e normalmente não se chateia quando o irmão lhe retira os brinquedos das mãos, mas quando se chateia, gritaAA, chora, esperneia, até o irmão lhe devolver o que tirou.
Anda, devagar, os pés ainda tropeçam um no outro, não desiste, volta a por-se de pé as vezes que foram necessárias, até chegar ao destino, mesmo quando se sente mais cansada, ela vai, mesmo quando lhe digo para descansar, ela continua.
É muito meiga, mimalha, carinhosa, gosto de nos encher de beijos, e de nos dar miminho fazendo o som "oó-oó-oó".
As primeiras palvras,
-Papãouu, (pão),
-Xida (crescida),
-Xixa (Xuxa),
-Boa,
-Bola
-Tinho (leitinho)
-Mamã
-Papa
A minha menina é uma guerreira, não desiste de tentar, tem um coração meigo e cheio de ternura.

Quando estão os dois juntinhos, é uma ternura ver a cumplicidade que eles têem, as gargalhadas que dão e que ficamos a olhar, porque não percebemos o que se está a passar, mas eles..., eles sabem. O bendito cortinado que esconde vez um, vez outro e eles passam horas nisto, as primeiras palavras, que são meigas cheias de voz de criança, o aconchego do nosso colo na hora de dormir, quando eles encaixam nos nossos braços, a cabeça na nossa clavícula, as pernas nos nossos quadris,  como se duma peça dum puzzle se trata-se, encaixando-se no seu divido lugar.
E o nosso Amor, por aqueles dois seres, é mais que infinito, pois não há palavra que quantifica o sentimento que os pais sentem pelos seus filhos.

E como dizia Goethe , Johann

"Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a" 
<3